Dr. Heike Muranyi (*1980, Bonn)
Geboren am 16. Mai 1980 in Bonn, Abitur 1999
1999-2000 freiwillige Mitarbeit in einer Tagesstätte für sozial benachteiligte und vernachlässigte Kinder in Piauí, Nordostbrasilien
2000-2005 Studium der Lusitanistik, Anglistik und Komparatistik an der Universität Leipzig
2003-2004 Studium der Lusitanistik und Komparatistik an der Universität Wien mit einem Stipendium des DAAD
2005 Magisterarbeit zu Viva o povo brasileiro von João Ubaldo Ribeiro
2006 Examen
2007 Doktorandin an der Universität Leipzig
Seit Januar 2008 Doktorandin an der Universität Potsdam. Promotionsstipendiatin der Studienstiftung des deutschen Volkes.
Juli 2010: Fertigstellung der Dissertation.
seit August 2010 Lektorin des DAAD an der Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) in Belo Horizonte.
Nebentätigkeiten
Während des Studiums: Studentische Hilfskraft am Institut für Komparatistik und Klassische Philologie bzw. am Institut für Romanistik der Universität Leipzig; Lehrkraft für brasilianisches Portugiesisch (VHS Leipzig); Übersetzungen aus dem Portugiesischen, u.a. für die HUMBOLDT; Ehrenamtliches Engagement in der Straffälligenhilfe (Caritas Leipzig)
Titel der Doktorarbeit
Brasilien als insularer Raum. Literarische Bewegungsfiguren im 19. und 20. Jahrhundert.
Abstract
Die Insel als diskursive Raumfigur weist nach Ottmar Ette (2005) eine doppelte Bedeutungsstruktur auf, mit der die Insel als ein begrenzter und in sich geschlossener, zugleich aber auch als ein nach allen Seiten offener Raum verstanden werden kann. Denkt man Brasilien in diesem Sinne als eine Insel, so bedeutet dies, dass es nicht nur als von einem kontinentalen Kontinuum losgelöst betrachtet werden kann, sondern auch und vor allem als ein frei fluktuierender Raum betrachtet werden sollte. Als solcher ist er als Bewegungsraum zu verstehen, der zum einen sich selbst in Bewegung setzt und zum anderen durch seine Relationalität mit anderen Räumen auch diese in Bewegung bringt. Deutet sich diese, in der kartographischen Repräsentation der Inselmythen von Hy-Brasil und Ilha-Brasil bereits angelegte Dynamik in den geistigen und physischen Transferbewegungen zwischen Europa und Brasilien im 19. Jahrhundert schon an, so beweist sie sich eindeutig in den intellektuellen wie spatialen Wegen von fünf europäischen Literaten des 20. Jahrhundert nach Brasilien. Anhand von Blaise Cendrars, Stefan Zweig, Paulo Rónai, Vilém Flusser und Max Bense, die in teilweise höchst unterschiedlicher Weise an einem brasilianischen Denken und einem Denken Brasiliens beteiligt waren, wird die zunehmende Beweglichkeit des insularen Denk-Raums Brasilien aufgezeigt.
Título da tese
"O Brasil como espaço insular. Figuras dinâmicas literárias dos séculos XIX e XX."
Abstract
A ilha como espaço geográfico oposto ao espaço continental apresenta, segundo Ottmar Ette (2005), uma estrutura semântica dupla. Assim sendo, a ilha pode ser concebida, por um lado, como um espaço fechado, isolado, que não permite a entrada de influências culturais e tãopouco as emite. Por outro lado, a ilha pode ser compreendida, apesar das suas fronteiras físicas nitidamente definidas e inalteraveis por natureza, como um espaço flutuante e aberto, em que se cruzam várias tendências culturais e assim constituem uma confluência polifônica, um espaço cultural hetereogêneo e dinámico tanto em sua localização espacial e temporal quanto em sua estrutura discursiva.
Aplicado o conceito da ilha acima descrito numa discussão da formação de uma suposta identitidade cultural brasileira que, devido à história colonial, se constrói dentro de um relacionamento de poder com a Europa, sendo esta a referência cultural dominante, o Brasil emerge como uma ilha tanto na imagem produzida por lendas e crenças na época antes e depois da sua descoberta, como os mítos das ilhas imaginárias Hy-Brasil e Ilha-Brasil demostram. Estes, por sua vez, traçam ou moldam maneiras de enxergar o Brasil – seja como o paraíso terrestre e tropical, seja como o país do futuro – e de como o Brasil se insere dentro do arquipélago latino-americano. Mais do que isso, a concepção do Brasil como um espaço insular dinâmico permite considerar o papel da intelectualidade européia na discussão – aqui predominatemente literária – do Brasil sob uma ótica que desmente a dinâmica discursiva estabelecida pelo domínio colonial. A dissertação visa a provar isso através de uma análise de cinco autores europeus (Blaise Cendrars, Stefan Zweig, Paulo Rónai, Vilém Flusser e Max Bense) e suas respectivas viagens intelectuais e espaciais à ilha brasileira.